Em entrevista gravada, há pouco, com exclusividade, para a Rede Nordeste de Rádio, a ser exibida no programa Frente a Frente, transmitido para mais de 40 emissoras no Nordeste, o ex-ministro Sérgio Moro, responsável pela operação Lava Jato e a detenção de Lula, agora na condição de pré-candidato ao Planalto pelo Podemos, afirmou que, embora respeite a anulação do processo pelo ministro Edson Fachin, do STF, reitera que a prisão do ex-presidente petista foi justa e necessária.
“Tenho o maior orgulho do meu trabalho como juiz na operação Lava Jato. A prisão de Lula não foi uma decisão isolada e unilateral de minha parte. Foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal em março de 2018 e quem ordenou foi o Tribunal de Apelação de Porto Alegre. Coube a mim apenas cumprir a decisão”, disse, adiantando que nas investigações foi descoberto um modelo de corrupção do Governo petista, no qual Lula foi seu principal líder, instaurado na Petrobras, estatal rentável e que quase quebrou.
Moro fez a ressalva também de que nunca foi movido por nenhum sentimento de animosidade pessoal contra a figura de Lula. “Não agi por vingança, agi dentro do princípio de cumprimento da lei”, destacou. Com duração de 25 minutos, a entrevista vai ar logo mais às 18 horas pela Rede Nordeste de Rádio, tendo como cabeça de rede a Nova FM 98,7, no Recife. Moro estará no Recife no próximo domingo para uma noite de autógrafos do seu livro “Contra o sistema de corrupção”, a partir das 18 horas no teatro do shopping Riomar.
Na entrevista, fala, também, da sua passagem pelo Governo Bolsonaro, dos planos para o Nordeste e, quando perguntado sobre o vice na sua chapa, se este poderia sair do Nordeste por ser a região de maior densidade eleitoral de Lula, afirma que o assunto ainda não está sendo discutido. “O que está em discussão, neste momento, é o modelo de um novo Brasil que iremos oferecer ao povo brasileiro em cima do combate à corrupção”, disse.
(Via:Magno Martins)
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