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terça-feira, 10 de dezembro de 2024

Influencers do ‘Tigrinho’ usavam notas falsas para simular riqueza

 Por: Cleber Sena - 10/12/2024.








Mais de R$ 310 mil, em notas falsas de dólares e reais, foram apreendidos pela Polícia Civil de Mato Grosso em operação que mirou influenciadores digitais de jogos on-line, como o “Jogo do Tigrinho”. O dinheiro, segundo a investigação, era utilizado em divulgações na internet para induzir os seguidores a acreditar que toda aquela “riqueza” era proveniente dos ganhos com apostas.


Ao todo, quase 1 mil notas falsas de R$ 100 e R$ 200, e mais de 300 notas de US$ 100, totalizando um valor aproximado de R$ 314 mil, foram apreendidas no âmbito da Operação 777, deflagrada no final de novembro e que resultou na prisão de seis influencers, suspeitos de promover jogos ilegais e vender rifas fraudadas. A confirmação do dinheiro falso foi divulgada no sábado (7/12).


Além das notas, os agentes apreenderam, ainda, correntes e pingentes de cor dourada, que aparentavam ser de ouro. Após análise preliminar do material, no entanto, feita por uma joalheria de Cuiabá (MT), a investigação constatou que os itens também são falsos, feitos de um metal semelhante a estanho e latão.


Todo esse material era utilizado pelos influenciadores para simular uma vida de luxo e riqueza nas redes sociais, dando a entender que eles conseguiram prosperar, com ganhos obtidos em apostas on-line. Segundo a Polícia Civil de Mato Grosso, os investigados poderão responder, além do crime de estelionato, por crime de moeda falsa.


Faturamento de R$ 12,8 milhões


Só no primeiro semestre deste ano, conforme os dados levantados pela Operação 777, os influenciadores presos teriam faturado o total de R$ 12.869.572,00. Quatro dos investigados são de Mato Grosso e dois de São Paulo. No dia 27 de novembro, cinco deles foram presos temporariamente em Cuiabá, Várzea Grande (MT) e nas cidades paulistas de Pindamonhangaba e Taubaté.


Um dos alvos da operação, segundo a polícia, conseguiu fugir. As mães de três deles também foram presas, por suspeita de lavagem de dinheiro. Conforme o apurado, os influenciadores lançavam plataformas novas, quase que diariamente, porque os seguidores percebiam, logo, que não conseguiam ganhar e paravam de apostar.


Fonte: Metrópoles



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