Por: Cleber Sena ➖ 27/10/2023.
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Neste domingo (29) será lembrado o Dia Mundial de Combate ao AVC, data que reforça a necessidade de cuidados para a prevenção da doença. Se antecipando à data, a Unidade de Pronto Atendimento e Atenção Especializada de Petrolina (UPAE) está chamando a atenção de todos para os riscos da doença. Seguindo o tema da Associação, ‘Juntos somos maiores que o AVC’, a Unidade convida a refletir sobre a doença, que pode ser evitada em 90% dos casos através do controle adequado dos fatores de risco – como hipertensão, diabetes e colesterol alto.
Com o lema ‘Maior que o AVC’, a campanha tem como objetivo capacitar, conscientizar e agir, destacando o poder da união e colaboração na luta contra a doença. Segundo o estudo intitulado ‘AVC – A Crise Silenciosa e Oculta que Aflige Nossa Sociedade’, os custos diretos do AVC representam 31,4% do total, enquanto a internação hospitalar equivale a 10,6%. No entanto, o dado mais impactante é que a perda de produtividade corresponde a 56,2% desse montante. Isso significa que mais da metade dos custos econômicos do AVC estão relacionados à perda de produtividade no trabalho, o que destaca a urgência de medidas preventivas eficazes.
O estudo reforça a necessidade de uma abordagem proativa na prevenção do AVC, deixando claro que é muito mais econômico investir em medidas preventivas do que lidar com as consequências financeiras e sociais devastadoras do AVC. “Nosso objetivo hoje é alertar a população sobre a prevenção do AVC. Pequenas mudanças nos hábitos diários, como uma dieta balanceada e atividade física regular, podem fazer uma grande diferença na redução do risco da doença“, destaca o coordenador médico da UPAE e cardiologista, Dr. José Roberto Rocha.
O AVC é a doença que mais mata no Brasil e a que mais causa incapacidade em todo o mundo: cerca de 70% das pessoas que sofrem um derrame não retornam ao trabalho depois do acidente vascular cerebral e 50% ficam dependentes de outras pessoas em suas atividades diárias.
A doença
Um Acidente Vascular Cerebral é uma emergência médica. Os sintomas podem incluir dificuldade para andar, falar e compreender, bem como paralisia ou dormência de um lado do corpo. O tratamento precoce com medicamentos como tPA (anticoagulante) pode minimizar os danos cerebrais. Outros tratamentos concentram-se em limitar complicações e prevenir mais AVCs.
O AVC ocorre quando o suprimento de sangue para o cérebro é interrompido ou drasticamente reduzido, privando as células de oxigênio e nutrientes. Ou então, quando um vaso sanguíneo se rompe, causando uma hemorragia cerebral. Entre as causas dessas ocorrências estão a malformação arterial cerebral (aneurisma), hipertensão arterial, cardiopatia e tromboembolia (bloqueio da artéria pulmonar).
“Fique atento se você ou alguém próximo apresentar algum dos seguintes sinais e sintomas: fraqueza de um lado do corpo; dificuldade para falar; perda de visão; perda da sensibilidade de um lado do corpo; alterações motoras; paralisia de um lado do corpo; distúrbio de linguagem; distúrbio sensitivo; alteração no nível de consciência“, alerta José Roberto.
“Todos os hábitos de vida que aumentam os riscos de um acidente vascular cerebral podem ser mudados. No entanto, nem todos os problemas de saúde que aumentam os riscos podem ser evitados. Por outro lado, maus hábitos de vida também podem levar ao desenvolvimento de problemas de saúde que têm o potencial de desencadear um AVC. Portanto, conheça, previna-se e cuide-se“, finaliza o médico.
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