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terça-feira, 26 de abril de 2022

Ucranianas foram estupradas antes de serem mortas, afirmam médicos


 

Médicos legistas afirmam que mulheres ucranianas foram estupradas antes de ser executadas por tropas russas. As informações são do jornal britânico The Guardian. Em reportagem publicada nesta segunda-feira (25/4), o médico forense Vladyslav Pirovskyi, coordenador do grupo que realiza as autópsias, falou sobre as violações.


“Há muitos corpos queimados, corpos completamente desfigurados que são impossíveis de identificar”, detalha Pirovskyi.


O profissional completa: “O rosto pode ser esmagado em pedaços, você não pode montá-lo novamente, às vezes não há cabeça”.


Os especialistas forenses concentraram as autópsias nas cidades próximas a Kiev, capital e coração do poder ucraniano. Segundo o médico, há “centenas de corpos” para analisar. Cerca de 15 cadáveres são estudados diariamente.


Ataques


O governo da Ucrânia acusa a Rússia de executar ataques simultâneos contra cinco estações de trem. As autoridades locais confirmam que há mortos, mas não divulgaram o número.


Os bombardeiros ocorreram no oeste e no centro da Ucrânia. O diretor da companhia de trens do país, Oleksander Kamyshin, detalhou que as investidas russas ocorreram em um intervalo de uma hora.


Uma das estações atingidas, a de Krasne, fica nos arredores de Lviv, o que aumenta a tensão no Leste Europeu.


Nesta segunda-feira (25/4), a guerra completa 61 dias. Russos e ucranianos tentam elaborar um acordo de paz, mas as negociações estão estagnadas.


A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), entidade militar liderada pelos Estados Unidos.


Na prática, Moscou vê essa possibilidade como uma ameaça à sua segurança. Sob essa alegação, invadiu o país liderado por Zelensky, em 24 de fevereiro.


A tensão no Leste Europeu voltou a subir após ao menos três ataques ucranianos contra o território russo. O país liderado por Putin, que havia prometido trégua a Kiev, voltou a bombardear a capital.


A escalada da violência também é influenciada pelo naufrágio do navio militar Moskva, maior embarcação de guerra russa no Mar Morto. A Ucrânia reivindicou o ataque. (Via: Metrópoles)

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