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quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

Ex-gestora da AMMA filia-se ao PCdoB e deve concorrer a vaga na Alepe em 2022

     Foto:Blog Carlos Brito. 



O PCdoB de Petrolina está ganhando um importante reforço nos seus quadros. Ex-gestora da Autarquia Municipal de Meio Ambiente no Governo Lossio, Denise Lima está ingressando na legenda. O ato de filiação, ainda sem data definida, será prestigiado pela maior liderança do PCdoB em Pernambuco: a vice-governadora Luciana Santos, que também é presidente nacional da sigla.


Em entrevista ao Blog, Denise explicou que essa nova fase de sua carreira se dá após alguns anos de experiência como gestora pública e também como política, já que foi candidata a vice de Julio Lossio Filho à prefeitura de Petrolina, em 2020, na chapa ‘puro sangue’ do PSD. Ela lembrou que, após o pleito, manteve suas andanças pelos quatro cantos da cidade, já que durante a campanha ouviu de muitos eleitores que certos políticos só visitam suas comunidades em época de eleições.


A partir disso, Denise recebeu o convite de Luciana “para uma conversa”, que aconteceu no Recife e da qual também participaram o deputado federal e ex-prefeito de Olinda, Renildo Calheiros, e o atual prefeito da capital pernambucana, João campos. “Tivemos uma boa conversa, boas análises do cenário da política em Pernambuco. E o entendimento é que podemos construir algo novo para as mulheres, para os jovens, para o futuro que está chegando, porque estamos vendo uma renovação muito grande em nosso Estado na política”, ponderou.


Nesse contexto, Denise admitiu a disposição em assumir uma candidatura a deputada estadual em 2022, mas deixou claro haver etapas a serem cumpridas. “Uma candidatura é sempre construída. Não posso chegar e dizer ‘eu quero ser candidata a deputada estadual’. Isso passa pelo entendimento, pela conjuntura do ambiente”, frisou.


Bandeiras


Apesar disso, a ex-gestora da AMMA mantém um discurso de pré-candidata. Ela, inclusive, já esboça algumas bandeiras a encampar numa futura campanha – a exemplo de políticas públicas voltadas à economia sustentável, abrando os pequenos, médios e grandes produtores do Vale do São Francisco. “Precisamos manter um diálogo com todas as classes, porque todas contribuem para nossa região”, completou.


Outro ponto destacado por Denise é a participação feminina na vida pública, que ainda é tímida, mesmo com as conquistas já efetivadas pelas mulheres. Ela lembrou que o ambiente político continua muito machista. Além disso, contra a mulher ainda pesam a violência e a discriminação. Mas acredita que aos poucos essa realidade vem mudando. “A gente fez uma análise da eleição do ano passado e percebeu que aumentou o número de votos femininos em mulheres”, revelou. “Essa também será uma proposta muito forte nossa, a de promover o engajamento de mulheres”, declarou.


Análises


Denise aproveitou para analisar as gestões municipal, estadual e federal. Em relação ao prefeito Miguel Coelho, ela reconheceu avanços relevantes na infraestrutura de Petrolina, mas fez ressalvas em relação à área da saúde. Um dos pontos foi a reclamação dos petrolinenses quanto ao sistema de agendamento para vacinação contra a Covid-19, que não foi devidamente levada em conta pela gestão. Ela também citou problemas detectados nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) em relação a atendimentos. “Se você chegar hoje para uma consulta no João de Deus vai encontrar dificuldades, porque o atendimento já é precário, e o João de Deus é um dos bairros mais populosos de Petrolina. Já está precisando melhorar aquela estrutura, por exemplo”, observou.


Já sobre o governador Paulo Câmara (PSB), que está fechando seu ciclo no Palácio do Campo das Princesas, Denise acredita que o socialista conseguiu realizar uma gestão exitosa, sobretudo quanto à educação – com a implantação de escolas em tempo integral no Estado. No entanto, ela acredita que o governo precisa ter um olhar mais aprofundado para o Sertão.


Com relação ao presidente Jair Bolsonaro, a nova filiada do PCdoB afirmou ele frustrou as expectativas dos milhões de brasileiros que acreditaram em suas propostas. A crítica mais contundente, segundo ela, está forma como ele se conduzia durante a pandemia de Covid-19. “Economicamente deixou muito a desejar, são 13 milhões de pessoas desempregadas. Além disso, essa questão da campanha antivacina é muito preocupante, porque hoje já temos o resultado das vacinas. Já morrem infinitamente menos pessoas do que no início da pandemia. Então não justifica ficar brigando contra vacinas”, completou.


(Via: Carlos Brito)


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