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sexta-feira, 15 de outubro de 2021

Operação policial prende 25 pessoas: Grupos atuavam em PE, AC, RO, PA, MS, SP e TO


Uma operação da Polícia Civil deflagrada nesta quinta-feira (14) resultou no cumprimento de 25 mandados de prisão e de 26 mandados de busca e apreensão. Entre os presos, estão integrantes de quadrilhas envolvidas com lavagem de dinheiro, tráfico de drogas, roubo de cargas, sequestro e negociações ilícitas de armas de fogo e munições.


Os mandados foram expedidos pela 12ª Vara Criminal da Comarca do Recife. Ao todo, participaram da Operação Áquila 140 policiais civis em Pernambuco, na Região Metropolitana do Recife e no interior, e nos estados do Acre, de Rondônia, do Pará, do Mato Grosso do Sul, de São Paulo e do Tocantins. As investigações tiveram início no dia 13 de maio de 2020.



Em Pernambuco, foram investigadas duas quadrilhas que atuavam com a função de intermediários, fazendo a ligação entre integrantes de facções criminosas e empresas com sede em outros estados brasileiros para a prática do tráfico de drogas e da lavagem de dinheiro.


“Nós começamos a investigar há cerca de um ano e cinco meses. Foi direcionada a duas facções que se comunicavam para repassar drogas uma para a outra: quando uma faltasse, a outra tivesse o material ilícito”, afirmou o delegado Ivaldo Pereira, titular do Grupo de Operações Especiais (GOE).


Segundo a polícia, esses grupos criminosos enviavam dinheiro para contas na Região Norte, mais precisamente na fronteira brasileira, no estado do Acre, com a Bolívia. Essas quadrilhas, comandadas por dois homens que residem em Pernambuco, atuavam em outros estados através da esposa e da cunhada de um deles.


Essas duas mulheres realizavam transações bancárias com a quadrilha localizada no município de Brasileia, no Acre, para obter drogas como maconha e cocaína. Esses entorpecentes eram adquiridos por meio de empresas sediadas em Porto Velho, Corumbá (MS), Humaitá (AM).


Além disso, havia lavagem de dinheiro através da compra de imóveis, cavalos, suínos e bovinos. As transações financeiras feitas por essas quadrilhas eram realizadas através de contas bancárias de parentes dos criminosos e de “laranjas”, termo utilizado para se referir a alguém que "empresta" o nome para ocultar a origem ou o destinatário de dinheiro ilícito.


Durante as investigações, a polícia descobriu que uma empresa sediada em Palmas, investigada por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, recebeu depósitos de dinheiro enviado por criminosos envolvidos com o tráfico de drogas em Pernambuco, na Paraíba e em outros estados.


“Essa empresa no Tocantins era a grande responsável por receber o dinheiro da facção pernambucana e adquirir a droga junto a empresas do norte do país. Essa empresa não existe e, em dois anos, movimentou R$ 40 milhões, recebendo dinheiro de traficantes, de presidiários envolvidos com tráfico, de familiares de traficantes. Ela pegava esse dinheiro e adquiria drogas junto a empresas do norte do país, aproveitando-se da fronteira do Brasil com países como Bolívia, Peru, Colômbia, de onde é proveniente a grande maioria da produção de cocaína. Essa droga voltava para Pernambuco, principalmente pela rota Solimões, que vem do norte e atravessa o estado”, disse o delegado.


A Polícia Civil informou que, entre as apreensões realizadas durante a Operação Áquila, estão 8,5 quilos de maconha prensada, encontrados em uma casa em Olinda, e 459 gramas de maconha, que estavam em uma residência em Goiana, na Zona da Mata de Pernambuco. Também foram apreendidos uma espingarda, munições e dinheiro em espécie, mas o valor não foi informado.


“São várias apreensões com o intuito de descapitalizar uma facção criminosa com núcleos localizados em várias partes do país que movimentou, em dois anos, R$ 65 milhões com o tráfico de drogas”, contou o delegado. (Via: G1 PE)


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