Caso Beatriz: familiar de flanelinha que poderá ser apresentado como autor do crime desabafa: “ele não deve pagar por uma coisa que não fez.
“Ele não deve pagar por uma coisa que não fez”, desabafa a familiar do flanelinha que, de acordo com os pais de Beatriz Angélica, assassinada em dezembro de 2015 durante uma festa de formatura no Colégio Maria Auxiliadora, em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, poderá ser apresentado, injustamente, como autor do crime. Lucinha Mota, mãe da garota, em reportagem publicada ontem (26) pelo PNB, afirmou que “estão a ponto de cometer outro crime: culpar um inocente”.
O homem, identificado como Rogério, é flanelinha e costumava trabalhar na área central de Petrolina, nas proximidades da instituição de ensino, sendo bastante conhecido por moradores e comerciantes daquela localidade. Ele chegou a ser investigado nos primeiros dias após o crime, porém, teve seu nome descartado pela própria Polícia Civil na época. A família ver com estranheza a possibilidade de Rogério, somente agora, após quase cinco anos do assassinato, ser apresentado como autor do crime.
“Não entendemos porque estão tentando incriminá-lo. Quando prenderam ele, no começo das investigações, fizeram perícia e tudo mais, colheram o DNA dele, e nada foi constado. Tanto que ele foi liberado dias depois”, contou a familiar.
Lucinha Mota e Sandro Romilton revelaram preocupação quanto ao andamento das investigações, inclusive na possibilidade de apresentação do flanelinha como possível autor do crime. A mãe de Beatriz disse ainda ter obtido informações de que testemunhas estão sendo induzidas a apontar o homem como autor. Já Sandro reforçou que, mesmo que a polícia apresente provas, como um DNA, eles têm “razões para acreditar que tudo isso possa ter sido plantado”.
Os pais de Beatriz disseram ainda que não vão “aceitar um bode expiatório para que a polícia encerre do caso e diga a sociedade que elucidou o crime”. “Queremos justiça e isso passa pela prisão do real assassino de minha filha”, finalizou a mãe de Beatriz.
Enquanto isso, a família de Rogério, que é pai de cinco filhos, sofre com a possibilidade dele ser acusado por um crime que, segundo familiares, não foi cometido por ele.
“Digo com toda certeza do mundo, do fundo do meu coração, que ele não é capaz de fazer uma barbaridade dessa. Querem incriminá-lo de todo jeito. Querem que falem que ele é o culpado, sendo que não foi. Querem jogar a culpa em uma pessoa simples como ele. Estamos revoltados. Ele não deve pagar por uma coisa que não fez. Eu estou sem chão”, desabafa a familiar. “Se ele tivesse feito isso, a primeira a denunciar teria sido eu. Sinto a dor de Lucinha”, complementa.
A família da garota luta para conseguir a federalização do caso, por considerar o trabalho de investigação insuficiente, a incapacidade técnica de peritos, e a parcialidade de agentes do Estado, que estariam obstruindo as investigações.
Apuração “com total empenho”
Em resposta do PNB, a Polícia Civil de Pernambuco disse que segue em curso o inquérito policial que apura a morte da criança Beatriz Angélica Mota “com total empenho por parte da Corporação”. Afirmou ainda que não é possível fornecer informações, pois a investigação segue sob segredo de justiça.
O PNB obteve a informação de que a atual delegada responsável pelo inquérito, Isabella Cabral, está de licença a maternidade, e os pais, até o momento, desconhecem se a substituição temporária da delegada foi realizada, e quem agora está assumindo o caso. Sobre esta substituição a PC, até o momento da publicação dessa matéria, não se manifestou sobre.
“O caso está acéfalo? Está parado? Não há um delegado presidindo o inquérito?” questiona Lucinha Mota.
Investigação paralela
Prestes a completar cinco anos, o crime bárbaro continua sem elucidação. Já foram seis delegados, desde o início do Inquérito
Via: Preto no branco.
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