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quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Líder do governo Bolsonaro alvo de investigação na PF.

 PARA PF, FERNANDO BEZERRA USOU INFLUÊNCIA PARA MARCAR REUNIÃO ENTRE EMPRESÁRIO ACUSADO DE LHE PAGAR PROPINA E MINISTRO.


O líder do governo Bolsonaro no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), levou um empresário investigado pela Polícia Federal (PF) para duas reuniões com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas. A PF aponta suspeitas de que Bezerra tem usado sua influência política junto ao governo federal para defender os interesses desse empresário, investigado sob suspeita de pagar R$ 2 milhões em propina ao senador.


A PF diz não ver indício de ilícitos do ministro da Infraestrutura. “Por óbvio, não se está a afirmar que houve alguma tratativa ilícita em tal encontro, mas sim que o senador Fernando Bezerra continua a utilizar a sua influência política em prol de Marcos Borin, que, segundo consta dos autos, efetuou o pagamento de vantagem indevida ao parlamentar”, diz relatório da PF, obtido pelo GLOBO.


Investigadores tiveram acesso a e-mails e mensagens trocadas pelo gabinete de Fernando Bezerra que demonstram a influência do empresário Marcos Vinícius Borin, da Constremac Construções. Borin tocava obras do Ministério da Integração Nacional quando Bezerra era titular da pasta (entre 2011 e 2013) e, segundo as investigações, teria pago propina ao então ministro em troca dos contratos que tinha com o ministério.


Em delação premiada, o o operador financeiro João Carlos Lyra afirmou ter recebido, em 2013, cerca de R$ 2 milhões da empresa de Borin que seriam destinados a Bezerra.


Em um despacho do mês passado, a delegada Andréa Pinho Albuquerque da Cunha citou que Bezerra usava sua influência em prol do empresário investigado junto ao “alto escalão do governo federal”. Ela apontou que “o relacionamento criminoso de Marcos Vinícius Borin e Fernando Bezerra de Souza Coelho permanece até os dias atuais”. A delegada da PF escreveu ainda que Bezerra usava o cargo de senador “para conseguir audiência com outros políticos de alto escalão do governo federal visando satisfazer interesse daquele (Borin)”.


No dia 27 de junho de 2019, uma funcionária do gabinete de Bezerra enviou um e-mail para o Ministério da Infraestrutura solicitando a agenda. “Senador Fernando Bezerra Coelho (líder do governo no Senado) solicita audiência com ministro de Estado da Infraestrutura, Sr. Tarcísio Gomes Freitas, para o dia 01/07”, diz a mensagem.


No mesmo dia, Borin enviou mensagem para uma funcionária do gabinete do senador perguntando sobre o assunto. “Há um pedido de agenda urgente com o Ministro de Infra. Acho que é vc que tá vendo neh? Qquer coisa me avise. Bjs. Obrigado por tudo”, afirmou Borin. A funcionária respondeu que a reunião havia sido marcada.



Na tarde do dia previsto, o gabinete de Bezerra enviou novo e-mail ao Ministério da Infraestrutura, informando que ele compareceria ao encontro acompanhado de Borin e dois empresários da Wilson Sons, empresa que é dona de um estaleiro construído pela Constremac e contrata a empreiteira para realizar obras e serviços. No dia seguinte à reunião, o Fundo da Marinha Mercante, órgão subordinado ao Ministério da Infraestrutura, publicou uma resolução com projetos prioritários no recebimento de apoio financeiro e incluiu um projeto da Wilson Sons, no valor de R$ 131 milhões. Bezerra também levou Borin para uma segunda agenda com Tarcísio de Freitas, em 14 de agosto de 2019.


‘Sem conteúdo ilícito’


O Ministério da Infraestrutura disse que a primeira reunião ocorreu para discutir o tema “Obras em Petrolina e terminal portuário Wilson Sons, em Salvador”, enquanto a segunda debateu a situação de duas rodovias federais. O ministério disse ainda que não tem contratos com a Constremac e que não discute “sob nenhuma hipótese qualquer possibilidade de favorecimento a entes privados, bem como demandas que não estejam em pleno acordo com os princípios da lisura e legalidade”.


A pasta afirmou que não houve relação entre a reunião e a aprovação de financiamento pelo Fundo da Marinha Mercante. Segundo o ministério, os processos têm que chegar 60 dias antes da reunião do conselho diretor para que possam ser apreciados em tempo hábil. A defesa de Bezerra disse que “os assuntos tratados não possuem conteúdo ilícito ou relação com os fatos investigados”. O senador nega o recebimento de propina. A defesa de Borin afirmou que ele esteve na reunião para tratar de uma obra privada em um porto na Bahia e que a acusação de pagamento de propina ao senador não tem respaldo na investigação.


VIA: Blog Ricardo Antunes



"PARCEIROS".









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